Ressureição: A vitória mais esmagadora da história
Esta parte chama-se “A Ressureição”. E neste capítulo, o Alto Rei Celestial enviou seu único filho à terra para morrer pela raça rebelde. Deixe-me dizer isto novamente: O Alto Rei Celestial enviou seu único filho à terra para morrer pela raça rebelde.
Isto está ao contrário.
A Cruz e a ressureição
Os deuses pagãos exigem que pais sacrifiquem seus filhos a eles. Bob e eu tivemos o grande prazer de visitar a capital do Império Inca de Machu Picchu, no Peru, com nossas esposas. É uma cidade incrível. Um testemunho da habilidade de engenharia e arquitetura dos povos nativos da América do Sul. E enquanto estávamos fazendo um tour nesta grande capital Inca, nosso guia nos levou a um altar, uma grande placa de pedra com vista para o vale abaixo.
E ela disse: “Este é o lugar onde os deuses Incas exigiam que os pais sacrificassem seus filhos”.
Então, você deveria sacrificar seu filho mais forte, ou sua filha mais bonita. Nós todos sabemos, do Velho Testamento, que o deus Moloque exigia sacrifício de crianças. Ao longo da história, os deuses pagãos exigiram o sacrifício de crianças.
Em nossa geração, nós servimos e adoramos um deus pagão. Este deus é chamado de “o deus da conveniência”.
E nós nos curvamos no altar da conveniência e sacrificamos mais de um milhão de bebês anualmente, apenas nos Estados Unidos, antes mesmo de nascerem. Porque não é conveniente ter um filho nesta época da minha vida. Então, não são apenas os antigos Incas. O mundo moderno tem seus próprios deuses pagãos que também exigem o sacrifício de crianças.
Mas, em meio a este contexto, a Bíblia tem uma mensagem. O Deus do Céu mandou seu único filho à terra para morrer pelos pagãos. Ele enviou seu único filho à terra para morrer por mim e por você. Enquanto ainda éramos pecadores, Cristo morreu. Que tipo de Deus é esse? Que tipo de Deus faria tal coisa?
Este é um Deus incrível! Jesus veio e viveu uma vida perfeita. Por que uma vida perfeita? Porque Deus exige a perfeição. E você e eu somos pecadores. Não podemos oferecer essa vida perfeita. Jesus veio e viveu uma vida perfeita em meu nome! Por mim! Para que a justiça de Deus se torne minha justiça.
A ressureição e a Justiça
No livro de registro, a justiça de Deus se torna minha justiça.
Eu me lembro de quando eu era muito mais jovem, eu estava comprando um carro e todo mês tinha de ir ao banco para fazer o pagamento. E, neste dia em especial, eu fui com meu pagamento ao caixa, a moça abriu minha conta e disse: “Sr. Miller, sua conta foi paga!” E eu pensei: “Minha conta foi paga? Eu acabei de comprar o carro há alguns meses atrás e fiz apenas alguns pagamentos”. “Não, Sr. Miller, ela foi paga!”
E de repente percebi que Deus fez o pagamento por mim! Jesus viveu a vida perfeita por mim! E então a moça verificou mais algumas coisas e disse: “Ah, Sr. Miller, me desculpe,
na verdade ela não foi paga”.
Mas naquele momento eu percebi algo profundo sobre o que Cristo fez. Ele viveu a vida perfeita em meu nome. E então ele morreu a morte que eu merecia. Ele morreu na cruz a morte que eu merecia. Estas são as boas novas. Cristo viveu por mim, e Ele morreu por mim.
Após sua morte, seu corpo foi retirado da cruz e colocado em um sepulcro. E este é o fim deste “capítulo”? Não. Se fosse o fim do capítulo, seria o fim da história.
Mas, no fim do capítulo, Jesus vence a cruz, Jesus ressuscitou dos mortos. E toda a história foi transformada. Até aquele momento na história, a morte sempre venceu. Se você morresse, era o fim. Você estaria morto. Cristo conquistando a morte, ressurgindo dos mortos, marcou um momento decisivo épico na história humana. A morte perdeu, a vida venceu, e a história nunca será a mesma.
Em nossas igrejas, temos um tempo de celebração da ressurreição de Cristo, e eu creio que é algo que deve ser comemorado. Mas eu acho que há momentos em que colocamos a
ressurreição neste modo de “feriado religioso”. Mas a igreja primitiva entendia a realidade da ressurreição de uma maneira que nós não entendemos.
Na história
Rodney Stark, em seu livro “O Crescimento do Cristianismo”, fez a pergunta: “Se não há Deus, e não há milagres, como explicamos o mais profundo movimento sociológico de
todos os tempos: a ascensão do cristianismo?” Ele era um sociólogo que queria estudar este fenômeno. E ele deu uma série de ilustrações de como era a igreja primitiva. Em uma delas, ele falou sobre as pragas que devastaram a Europa. Pragas que mataram centenas de milhares de pessoas. E, na época da sociedade romana na Europa, para os romanos a
crueldade era uma virtude.
Se você assistiu ao filme “A Paixão de Cristo” ou “O Gladiador”, assistiu Roma em toda a sua glória. Crueldade era uma virtude e, para os romanos, compaixão era vista como
fraqueza. Se você fosse compassivo, você era fraco. E nós, que assistimos ao filme “O Gladiador”, nos lembramos de como os gladiadores lutaram no Coliseu, e nessa cena mais dramática restaram apenas dois. E um deles está caído, a espada fora tirada de suas mãos, e aquele contra quem ele lutava está em pé em cima dele, triunfante, com a espada em seu pescoço.
E o gladiador que estava de pé olha para o Coliseu e pergunta: ” O que devo fazer?” “Devo deixá-lo viver? Ou devo matá-lo?” E você sabe o que aconteceu, toda a multidão disse: “Mate-o! Faça isso!” Por quê? Porque Roma era cruel. Crueldade era uma virtude. Compaixão na sociedade romana era um defeito.
Mas a sociedade começa a mudar quando um pequeno grupo de homens e mulheres adoram um Deus compassivo. E eles começam a viver de maneira compassiva em meio à uma sociedade cruel. E pense no que isso significa e no quanto isso poderia custar.
Mas hoje nós precisamos pensar nessas coisas, porque é para isso que Deus nos chama em nossos dias, em nossa geração. Então, eles foram chamados a viver compassivamente onde compaixão era vista como fraqueza, em uma sociedade extremamente cruel. E Deus usou a vida destes cristãos para demonstrar seu amor nessa sociedade corrompida.
Quando a praga assolou a Europa, os romanos jogavam seus familiares na rua. E o que aconteceu? Os cristãos tiravam da rua essas crianças, mães, avós e as levavam para suas
próprias casas. Porque eles adoravam a um Deus compassivo. E eles cuidaram dessas pessoas, de seus vizinhos pagãos. Eles os amavam. Eles demonstravam o amor de Deus a seus vizinhos pagãos.
E o faziam de maneiras que os custava alguma coisa, porque muitos desses cristãos contraíram a praga de seus vizinhos pagãos e morreram. E muitos dos vizinhos pagãos sobreviveram à praga por causada demonstração do amor de Deus vinda através desses cristãos.
E quando a praga acabou, muitos dos pagãos se converteram enquanto aqueles que cuidaram deles estavam enterrados.
Como esses cristãos puderam fazer isso?
Porque eles entenderam a ressurreição. Não era apenas um feriado religioso. Eles entenderam que quando Cristo venceu a morte, toda a história foi transformada. E agora eles podiam viver sem temer a morte.
Do que você tem medo? Que medos te impedem de seguir aquilo que Deus talvez esteja te chamando para fazer?
Coram Deo – Retirado do Curso Básico Coram Deo © 2014 por Disciple Nations Alliance. Publicado por Disciple Nations Alliance (www.disciplenations.org) sob os termos da Atribuição Não-Comercial 4.0 Internacional.