O obstáculo da falta de interesse na oração

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Falta de interesse na oração

todos os que guardarem o sábado deixando de profaná-lo, e que se apegarem à minha aliança, esses eu trarei ao meu santo monte e lhes darei alegria em minha casa de oração. Isaías 56:6-7

O quarto benefício de nosso relacionamento com Deus é sentir a paz que ele concede. A chave para a paz é a autoridade — a paz é fruto de uma vida obediente e justa.

A questão da desobediência e da rebelião contra a autoridade de Deus complica a vida de uma pessoa cativa. Posso dizer a você, por experiência própria, que em momentos de grande escravidão eu quis, mais do que nunca, ser obediente a Deus. Em minha rebelião, eu vivia triste, e não era capaz de entender por que continuava fazendo escolhas erradas.

Sim, eram minhas escolhas, e eu assumia total responsabilidade sobre elas, como meus pecados que eram. No entanto, Satanás me prendia de tal maneira que eu me sentia incapaz de obedecer ao Senhor, embora quisesse desesperadamente fazer isso. Com certeza, eu não era tão incapaz assim; mas como acreditava naquela mentira, agia de acordo com ela.

Oração: Vida

É provável que você conheça bem o texto de Filipenses 4:6-7:

“Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus”.

Resolvi que, para tornar bem claro o impacto desses versículos, eu me divertiria um pouquinho e parafrasearia a passagem bíblica a partir de um ponto de vista negativo. Em outras palavras, transformei essa receita de paz em uma prescrição infalível para produzir ansiedade. O resultado ficou assim:

Não andem calmos por coisa alguma, mas em tudo, pela insistência na preocupação e se sentindo perseguidos por Deus, com pensamentos do tipo “e essa é a recompensa que recebo”, apresentem suas irritações a todos, menos ao Senhor. E a gastrite, que transcende a todos os copos de leite possíveis, provocará uma úlcera, as contas do médico levarão você a ter um enfarte, e você perderá o juízo.

Sem dúvida alguma, perder o interesse na oração é uma receita garantida para promover a ansiedade, uma maneira infalível de evitar a paz. Para sentir o tipo de paz que resiste a qualquer tipo de circunstância, a Bíblia nos desafia a desenvolver uma vida de oração ativa e autêntica (que gosto de chamar de “substancial”); oração com conteúdo de verdade — pensamentos originais que fluem do fundo do coração, pessoais e íntimos. Com freqüência, fazemos tudo, menos orar. Nossa tendência é querer algo mais “substancial”.

Mesmo o estudo da Bíblia, a freqüencia na igreja, as conversas com o pastor ou a busca de conselhos parecem fatores mais tangíveis que a oração. Que vitória o inimigo obtém ao nos persuadir a perder o interesse pela oração! Ele prefere que façamos qualquer coisa, menos orar; prefere nos ver servindo a nós mesmos até morrer, pois sabe que, com o tempo, nós nos tornamos amargurados se não cultivarmos uma vida de oração.

“Foi Jabez mais ilustre do que seus irmãos; sua mãe chamou-lhe Jabez, dizendo: Porque com dores o dei à luz. Jabez invocou o Deus de Israel, dizendo: Oh! Tomara que me abençoes e me alargues as fronteiras, que seja comigo a tua mão e me preserves do mal, de modo que não me sobrevenha aflição! E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido”. (I Cro.4:9,10)

O inimigo prefere que estudemos a Bíblia até altas horas da madrugada porque sabe que nunca nos aprofundaremos na compreensão e no poder a ponto de viver o que aprendemos, caso nos falte a oração. Ele sabe que a vida sem interesse na oração é uma vida sem poder, ao passo que vidas de oração são poderosas!

Em Efésios 1, Paulo faz uma lista de bênçãos específicas que podemos receber por meio da oração.

Ele orou para que seus filhos na fé recebessem o “espírito de sabedoria e de revelação, no pleno conhecimento dele” (v. 17). Ele pediu a Deus que abrisse os olhos do coração daquelas pessoas de maneira que pudessem conhecer “a esperança para a qual ele os chamou, as riquezas da gloriosa herança dele nos santos e a incomparável grandeza do seu poder para conosco, os que cremos, conforme a atuação da sua poderosa força” (v. 18-19).

Quanto mais conhecemos Deus, mais confiamos nele; quanto mais confiamos no Senhor, mais sentimos a paz que ele proporciona quando os ventos frios sopram contra nós.

Há algum tempo, quando estive em um mercado, chamou-me a atenção o rótulo de um xarope, segundo o qual aquele produto seria muito eficaz no alívio do estresse. Eu conseguia ouvir um bebê gritando no outro corredor. Senti um breve impulso de oferecer o xarope à coitada da mãe que empurrava o carrinho com aquela criança mal-humorada dentro. Fiquei com muito medo de que ela acabasse atirando o frasco em mim. Veja bem, este mundo não parece capaz de oferecer uma solução real e duradoura para o estresse e as tensões da vida.

Logo depois, voltei a ver o melhor conselho que o mundo tem para oferecer:

“Lembre-se apenas de duas coisas…

1) não esquente a cabeça com bobagens; e
2) tudo é bobagem.”

Não, nem tudo é bobagem.

A filosofia do mundo se vê na obrigação de minimizar as dificuldades porque não dispõe de soluções reais para elas. Eu e você sabemos mais do que essa filosofia barata. Conseguimos enxergar as coisas grandes por aí. Apenas por meio da oração podemos ter acesso à paz.

Está na hora de empurrar para fora do caminho a rocha da falta de interesse na oração. Trata-se do mais proibitivo obstáculo na estrada que leva o cristão à vitória, não importa qual seja a sua busca específica.

Permita-me compartilhar com você uma das razões pelas quais acredito que a falta de interesse na oração seja um forte obstáculo.

Quando Satanás mira com precisão em nosso “calcanhar de Aquiles”, escolhe a hora certa e usa o disfarce perfeito, nenhuma das coisas a seguir é suficientemente eficaz para nos livrar de cair em uma armadilha do inimigo:

* Disciplina. De alguma forma, em tempos de grande tentação e fraqueza, a disciplina pode sair voando pela primeira janela que encontrar, como um pássaro.

* Lições do passado. Não conseguimos pensar com tanta lógica quando somos surpreendidos por um ataque bem tramado.

* O que for melhor para você. Nossa natureza humana é autodestrutiva demais para optar automaticamente pelo que é melhor nos momentos de maior fraqueza.

Nossa mais forte motivação será a Pessoa com quem caminhamos. Quando nos mantemos perto de Deus, por meio de comunicação constante, recebemos um suprimento contínuo de força para caminhar de modo vitorioso e em paz, mesmo tendo que passar por uma zona de guerra.

Permita-me falar de outra razão pela qual precisamos orar à medida que buscamos a libertação. Satanás fará o possível para remexer naquilo que Deus prefere ignorar. Lembre-se: Cristo veio para libertar os cativos. Satanás vem para escravizar os libertos. Cristo deseja cortar alguns laços que amarram a nossa vida. Satanás tentará usar esses laços para nos prender.

Devemos andar com Cristo passo a passo ao longo desta jornada para que possamos receber proteção, poder e uma paixão incomparável, conseqüência desse processo. Nenhuma dessas três coisas poderá se tornar realidade de outra maneira.

Senhor, muitos são os meus adversários! Muitos se rebelam contra mim! São muitos os que dizem a meu respeito: “Deus nunca o salvará! ” Mas tu, Senhor, és o escudo que me protege; és a minha glória e me fazes andar de cabeça erguida. Ao Senhor clamo em alta voz, e do seu santo monte ele me responde. Eu me deito e durmo, e torno a acordar, porque é o Senhor que me sustém. Não me assustam os milhares que me cercam. Levanta-te, Senhor! Salva-me, Deus meu! (Salmo 3)

O inimigo será derrotado. Creia nisso e faça acontecer. A oração faz diferença.

Por meio de nossas orações e de outras pessoas, o Espírito de Deus transforma covardes em conquistadores, o caos em quietude, os lamentos em consolo. O inimigo conhece o poder da oração. Há milhares de anos ele tem visto o que ela pode fazer, por isso fica furioso. Durante o processo de preparação desta lição, pesquisei todas as utilizações da palavra “orar” e suas variações, desde Gênesis até Apocalipse. Quase chorei ao me deparar com centenas de referências.

Abraão orou… Isaque orou… Jacó orou… Moisés deixou a casa do faraó e orou… depois, Moisés orou pelo povo… Manoá orou ao Senhor… Sansão orou… Ana chorou muito e orou… Davi orou… Elias avançou e orou… e Eliseu orou, “Ó Senhor”… depois, Jó orou por seus amigos… e Ezequias orou ao Senhor… Daniel se pôs de joelhos e orou… de dentro do grande peixe, Jonas orou… bem cedo pela manhã, quando tudo ainda estava escuro, Jesus se levantou, saiu de casa e partiu para um lugar solitário, onde orou… um pouco mais adiante, ele colocou o rosto no chão e orou.

Se Cristo procurou fortalecer sua vida divina passando momentos de intimidade a sós com o Pai, muito mais precisamos nós disso. Não tenho nenhuma esperança de viver uma vida vitoriosa sem oração.

A Bíblia é um livro de oração. E, como Isaías 56:7 nos lembra, a presença de Deus é uma casa de oração. Quando a nossa vida chegar ao fim e o registro de nossos dias na terra se completar, que sejam lidas estas palavras a nosso respeito: “Então ele orou…”.

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Gutemberg Vieira
Gutemberg Vieirahttps://infinitamentemais.com
Casado com Priscila Reis; pai de 3 lindos filhos. Desejo que este blog cative o seu coração. que ele impulsione sua vida de modo tão poderoso que a escravidão da mediocridade nunca mais seja considerada aceitável em sua vida.
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