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Finanças: Bênçãos econômicas e o plano de Deus

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Bênçãos econômicas eram uma parte clara do plano de Deus para Israel

Nós estamos estudando os Princípios que existem na Bíblia sobre Finanças e Economia. Nossa jornada começou AQUI.

Abordamos no artigo anterior o Conceito de Economia e também um Princípio existente na Palavra de Deus. Vamos continuar.

Princípio de Economia: As dívidas devem ser limitadas

“No final de cada sete anos as dívidas deverão ser canceladas. Isso deverá ser feito da seguinte forma: todo credor cancelará o empréstimo que fez ao seu próximo. Nenhum israelita exigirá pagamento de seu próximo ou de seu parente, porque fui proclamado o tempo do SENHOR para o cancelamento das dívidas. Vocês poderão exigir pagamento do estrangeiro, mas terão que cancelar qualquer dívida de seus irmãos israelitas”. (Dt. 15:1-3).

Quando sou convidada a falar em vários países (Nota 2), freqüentemente, eu pergunto ao auditório sobre quantos já ouviram a mensagem que ensina que os cristãos não devem pedir emprestado. Não importa em que região do mundo eu esteja, sempre há alguns que já ouviram, essa mensagem. A passagem que acompanha esse ensino é: “não devam nada a ninguém”‘.

Contudo, regras básicas para estudo bíblico nos ensinam que devemos interpretar uma parte das escrituras com outra parte das escrituras. Não podemos fazer um único texto significar algo que não faça sentido, quando for comparado a outras recomendações encontradas nas escrituras.

Existem diversas passagens que fornecem instruções sobre como emprestar, como tomar emprestado e orientações para a devolução dos empréstimos. Rm. 13:8 não quer dizer “não tome emprestado” literalmente. Quer dizer não negligencie o empréstimo que fez, faça os pagamentos em dia, e cumpra com o compromisso que foi feito.

Dos versículos primeiro ao terceiro, Moisés dá instruções à Israel para um sistema de pagamento de dívidas. É improvável que qualquer nação, hoje, vá aplicar esse sistema de um ciclo de 7 anos novamente. Mas, lembre-se de que a nossa tarefa aqui, é extrair o princípio que o resultado da aplicação obteria. O princípio aqui é que uma dívida deve ter limites.

Os israelitas não tinham permissão de impor dívida perpétua a ninguém. O sistema em Israel era universal. Todas as dívidas pessoais em Israel eram canceladas no mesmo ano. Se você tivesse pegado um empréstimo no primeiro ano do ciclo, você teria 7 anos para pagar. Se você tivesse pegado um empréstimo no terceiro ano, você teria 4 anos para pagar, e assim por diante. Quando o emprestador e o devedor entravam em acordo, eles tinham de criar um plano de devolução da dívida que encaixasse no ciclo.

Os Estados Unidos da América, têm alguns dos melhores e dos piores exemplos de obediência a esse princípio. Quando o assunto é a compra da casa própria, o país possui um sistema sensacional. É exigido por Lei, que a taxa de juros seja uma das mais baixas taxas de empréstimo e que o plano para o pagamento da hipoteca deve ser de 15 ou 30 anos, no máximo. Esse sistema fez com que os Estados Unidos tivesse uma das maiores populações possuidoras de casa própria do mundo.

Por outro lado, o sistema de cartão de crédito americano é absurdo. Quando você termina a faculdade e, hoje em dia, até após o ensino médio, você recebe pelo correio dois, três ou até mais cartões de crédito não solicitados. Cada cartão lhe oferece acesso instantâneo a um crédito de 1.000 a 5.000 dólares. Muitos jovens, e muitos outros não tão jovens assim, utilizam-se desses cartões sem ao menos ler o texto em letras minúsculas que diz que a taxa de juros pode ser de 19 a 26% por ano, ou mais (Nota 1).

Eu já vi taxas de juros de até 36%. Se você cair na tentação de fazer apenas o “pequeno pagamento mínimo” exigido, você irá pagar de volta, trinta ou quarenta vezes mais em relação à quantia original. Você começa a pagar juros sobre juros. No passado, isso seria chamado de agiotagem -e seria considerado ilegal. Atualmente, esse é o padrão para os pagamentos dos cartões de crédito de diversos países. A dívida pessoal dos norteamericanos com cartão de crédito é maior que a dívida nacional, o que enfraquece a estabilidade econômica da Nação.

Finanças na Bíblia

Ao estudar sobre Finanças nos cinco primeiros livros da Bíblia, percebemos que os empréstimos eram essenciais para permitir que as pessoas saíssem da pobreza. O foco dos
empréstimos era os pequenos negócios. Sua finalidade era tirar as pessoas de uma situação de necessidade e as tornar capazes de se auto-sustentarem. O objetivo era a capacitação econômica.

Por muitas gerações, os judeus continuaram a praticar esses princípios e, hoje, aonde quer que você vá, não importa se o país é pobre ou não, caso haja judeus, eles estarão fazendo dinheiro. Isso não significa que todos os judeus sejam ricos, mas, isso mostra que eles sabem como se estabelecer rapidamente e se sustentar. Uma família judia imigra e se estabelece tendo a compreensão sobre a finalidade de um empréstimo. Então, eles chamam outra família e emprestam o dinheiro para que ela também se estabeleça. Aquele dinheiro emprestado, ou é devolvido, ou é, por fim, passado adiante para que a próxima família possa, vir e se estabelecer também.

Conforme os ensinos de Moisés, os empréstimos tinham a finalidade de ajudar as pessoas a se tornarem independentes financeiramente e a se tornarem parte produtiva da Comunidade. Os empréstimos eram, em primeiro lugar, parte da responsabilidade social e, em segundo lugar, uma forma de ganhar dinheiro.

Conheço a história de um banqueiro cristão que, ao estudar essas passagens, ele se deu conta de que o sistema bancário norte-americano não faz empréstimos às pessoas certas. As instituições bancárias americanas tendem a fazer empréstimos somente aos ricos ou àqueles que já possuem dívidas. Mas, essas mesmas instituições, raramente irão aceitar fazer um empréstimo para um imigrante, uma mulher, um desempregado. Não emprestam para uma pessoa pobre que tenha um plano de começar um negócio, mas que não possua o capital para isso, mesmo que ela não tenha dívidas. Esse homem, então, fundou um banco privado que só fazia empréstimos para pessoas que tivessem uma boa idéia para se tornarem produtivos na comunidade e precisassem do dinheiro para começar. O banco tem tido um enorme sucesso e não tem clientes inadimplentes. Isso é Economia bíblica.

Vamos dar outra olhada no versículo terceiro:

“vocês poderão exigir pagamento do estrangeiro, mas terão de cancelar qualquer divida de seus irmãos israelitas”.

A primeira vista, pode parecer que Deus não se importa com os estrangeiros tanto quanto se importa com Israel. Mas, isso não é verdade. Novamente, aqui, o significado aparente não pode estar correto, porque não condiz com muitas outras passagens na Bíblia.

Está claro, de Gênesis a Apocalipse, que Deus deseja abençoar todas as nações. Esse é um tema tão predominante nas Escrituras, que não pode ser contestado. Então, por que Deus não exigiu o perdão das dívidas dos estrangeiros?

Vamos lembrar que os judeus tinham de tirar o oitavo ano como o ano sabático: não podiam trabalhar, usar seus animais ou cultivar suas terras. Portanto, não podiam fazer pagamentos. Os não-judeus, no entanto, não precisavam obedecer a essa Lei. A interpretação mais provável da aparente contradição dessa passagem é que, os imigrantes não-judeus podiam continuar a trabalhar e a fazer pagamentos no ano que seria o do “mercado livre” para eles e que os capacitaria economicamente.

Bênçãos econômicas eram uma parte clara do plano de Deus para Israel, desde o momento em que deixaram o Egito. Sabedoria ao fazer dívidas é um ensinamento claro na Bíblia.

Sua vida é economicamente equilibrada? Como você tem administrado suas finanças? E quanto as dívidas??

Vamos aprofundar nosso estudo nos Princípios de Economia com a intenção clara de sermos guiados apenas pela Palavra de Deus. Isto nos tornará abençoadores!


Notas

1 - No Brasil, os juros do cartão de crédito chegam a 300% ao ano. Leia AQUI

2 - Testemunho de Landa Coppe.

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Gutemberg Vieira
Gutemberg Vieirahttps://infinitamentemais.com
Casado com Priscila Reis; pai de 3 lindos filhos. Desejo que este blog cative o seu coração. que ele impulsione sua vida de modo tão poderoso que a escravidão da mediocridade nunca mais seja considerada aceitável em sua vida.
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