A Teologia das Meninas Malvadas e o Limite

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A Teologia das Meninas Malvadas e o Limite.

Meninas malvadas é filme muito bom. Cady Heron, que é fera em matemática, retorna da Africa com seus pais e entra numa escola pública onde tem um grupo de meninas muito populares. Ai, acontecem várias situações típicas do universo adolescente feminino. Muito bom mesmo!!!

Já na final do filme (se você não viu ainda, agora vou dar spoiler) Cady, que se juntou aos Matletas – grupo alunos Nerds que participam das competições de matemática – é chamada para o confronto final. Até aquele momento a competição está empatada e vai ser decidida numa morte súbita. Cada grupo deveria escolher um dos alunos adversários para a morte súbita. Cady é escolhida. O apresentador fala a questão, uma questão sobre Limites. Limites e derivadas formam a base do cálculo. Cady começa a pensar, ela lembra que naquela aula em que aprendeu limites, notou que Aaron, uma paixão de Cady, havia cortado o cabelo… e de repente devido a essa lembrança ela tem um breve devaneio. Porém, se concentra novamente. Pensa, pensa, lembra da aula, pensa e responde:

O limite não existe.

Batalha vencida. Cady vai para o baile da escola curtir sua vitória.

Mas, até chegar nesse ponto, acontecem muitas coisas fantásticas. Veja o filme e divirta-se.

Infinitamente Mais e o limite que não existe.

Há algum tempo essa frase caiu em cima da minha teologia. O Senhor tem falado comigo sobre mediocridade, comodismo, negligência com bastante veemência desde dezembro de 2015. No final daquele ano comecei a tentar me mexer em relação a isso. Os primeiros instrumentos usados por Deus nem foram exatamente pastores, ministros e sim… um coach, que é cristão, e estava ensinando sobre finanças. Como minha vida financeira estava muito ruim eu procurei ouvi-lo com cuidado.

Como sabemos, finanças é apenas uma parte da vida que tem que ser administrada com cuidado. Alias, como todas as partes que formam nossa vida, como finanças, educação, casamento, família, Deus, igreja, amigos, familiares, etc. Tudo tem que estar equilibrado, não adianta ter muito dinheiro e um casamento arruinado, filhos infelizes, etc. Ainda mais como cristãos, deveríamos ser o exemplo nisso tudo.

Ação para o Plano de ação

Bem, como estava longe disso – e ainda estou – Aba Pai estava me chamando pra conversar. Eu percebi isso. Então, comecei a orar um pouco mais, ler mais a Bíblia, anotar coisas dos livros que estava lendo.

Fiz uma plano de ação não muito bem feito, mas que mexia comigo no sentido de me inspirar a sair da zona de conforto, com as metas/objetivos, todas aquelas técnicas de coach, recheada de versículos. Isso tudo era muito bom.

Veio a bomba! Não passou muito tempo, descobri como eu era negligente. Num belo dia, Papai fala comigo em Provérbios como eu era negligente. Aquilo caiu como uma grande pedra na minha cabeça. Lembro que quase chorei no ônibus tão grande foi o impacto. Fiquei pensando naquilo e buscando soluções.

Bem, deixar de ser negligente não é exatamente difícil. Mas, o conceito bíblico de ser Diligente, dedicado, atencioso é muito mais profundo do que apenas não ser negligente. Aqui percebi que o bisturi do Senhor vinha para cortar profundamente. Até tenho buscado ser diligente… como está em Provérbios, porém… Segundo Steven Scott…

“O significado está mais próximo da terminologia da mineração… As minas de Salomão representavam uma enorme parcela das suas riquezas, e muitas vezes ele usava termos ligados à mineração nos seus escritos. E o que se faz quando se está minerando ouro? Depois de cavar muito a terra, encontra-se uma rocha grande que se expõe a uma imensa quantidade de calor. Isso derrete todas as impurezas. O que resta é ouro puro. Esta é a “pureza” da diligência. É o esforço de investir seus dias, horas e minutos em algo que recompensará com um produto puro o tempo e o esforço investidos”.

Nesse sentido ainda tenho muito trabalho a fazer, pois isso envolve uma mudança no coração, não apenas de crenças, como afirmam os coaches. Sobre isso vale a pena ler Kryptonita, de John Bevere.

Uma descoberta e mais limites

Achei que tinha descoberto… as minas de Salomão!! Pensei “Vou deixar de ser negligente, vou alcançar no Senhor um carater diligente e pronto, céus e terra vou conquistar, prosperidade, bençãos sem limites, etc”. Engano puro. E ainda botava tudo na conta do Senhor!! Que faria essa obra na minha vida. Que vida? Estava chegando a hora de saber o x da questão.

Pouco tempo depois, o Senhor foi preciso e radical definitivamente: “Você é incrédulo.” Como assim? Eu pensei.. eu creio que sou salvo pela Graça, creio na Graça, creio que Deus existe, Ele inclusive é meu Deus, Jesus morreu por mim, sei disso e creio nisso…

Mais uma vez uma bomba no coração: Incredulidade.

Mas Senhor, eu oro todo dia, leio a Biblia e creio nela, eu até acredito em milagres, dons sobrenaturais… sou até avivado… quase pentecostal. Senhor eu fazia uns acordes dissonantes nos louvores, que ninguem conhecia, só pro louvor fica mais bonito…

Bem, eu gostaria de dizer que Deus foi ousado em me dizer que eu era incrédulo, que meu problema era a incredulidade. Mas, na verdade, o que devo realmente dizer é que Deus foi muito amoroso comigo, porque Ele me ama, estava me corrigindo!! O ponto inicial foi com a Ana Mendez…

Por diversas gerações, as pessoas vêm edificando dentro de si pensamentos de pobreza, incapacidade e limitações sem fim. Quando vêm ao Senhor, enchem a cabeça de Bíblia, até mesmo se tornam servas de Deus, mas nunca destroem essas moradas. Tratam-se de moradas de maldade, que não foram edificadas por Deus, mas que fazem com que esses servos vivam limitados continuamente em suas finanças. Por mais que semeiem no Reino de Deus, não prosperam na medida em que Deus planejou para eles, pois sua alma está rodeada de estruturas que atraem pobreza ao seu redor. Com a boca confessam a Deus, mas seus pensamentos tomam decisões conforme suas limitações financeiras.

O exemplo citado é de finanças, mas ela aborda muitas questões de incredulidade. A partir daí coincidentemente tudo que eu li confrontava a incredulidade. Inclusive estou lendo alguns até hoje, pois tenho entendido que isso não é só um problema meu. Bem, mas aqui é.

Fé para agradar a Deus

A questão da incredulidade envolve a essência da nossa vida, afinal, vivemos por fé, o justo viverá da fé.

Bem, não sei como ampliar a aplicação desse aprendizado, se é que isso é possível. A nossa vida por fé tem que ser uma vida bastante real, na verdade. Uma boa pergunta que mexeu comigo nesse sentido foi: Quem é seu Salvador no dia-a-dia?? Rapidamente a gente responde que é Jesus… mas, quando a gente é confrontado pelo Espirito Santo, no meu caso, tive que reconhecer que muitas vezes meu salvador foi minha mão, minha conta, meu dinheiro. É sutil o quanto deixamos outras coisas tomarem o lugar de Deus. Eu deixei várias coisas nortearem minha vida. Isso em si, já é horrível; mas descobrir que é porque faltava confiança no Senhor….. foi “lindo”!!!!!!!

Menos mal, o diagnostico foi dado pelo Médico dos médicos. Percebo como tem sido difícil desarraigar a incredulidade, ela de vez em sempre mostra as asinhas… sempre se querendo. Tenho vigiado, sim, mas ainda tenho atitudes clássicas de um incrédulo. Tenho orado pra me estabelecer plenamente no Senhor, para ser praticante da Palavra.

Os crentes incrédulos!

“creio, ajuda-me na minha falta de fé”.

A distancia da prática da igreja – agora ampliando o raio de ação do problema – para seu discurso é enorme. E visivelmente reflete nos frutos da igreja, ou melhor na ausência de frutos, pois sem fé é impossível agradar a Deus, e a fé sem obras é morta.

Vê-se claramente uma relação prática entre fé e vida, crer e viver. Não tem como fugir. Teríamos que ver muito mais transformações nas vidas das pessoas, mas nos acostumamos com a mediocridade, temos vidas extremamente limitadas, nossos recursos são limitados… declaramos que cremos no Deus do impossível, mas as coisas não acontecem, não vemos curas, milagres, sofremos as mesmas dores – e até mais – que a sociedade ímpia, padecemos as mesmas ansiedades, os mesmos medos, as mesmas limitações.

Onde estão aqueles que alvoroçaram o mundo??

Não temos feito diferença, essa é que é a verdade. E se não fazemos, Deus não é o problema da questão, nEle não há limites. O problema somos nós. Ele falou que basta crer, que tudo é possível ao que crê. Ele disse assim (eu amo esse versículo!!!)

Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, segundo o poder que opera em nós, Efésios 3:20

Infinitamente mais é diametralmente oposto a vida limitada. Temos tantos limites, dificuldades tantas como igreja, como indivíduos, e tentamos encaixar essa falta de poder em nossa teologia, criamos livros só pra defender a ausência de sinais “que seguirão aqueles que crerem…” meu Deus!!!!!

Onde está o infinitamente mais?? Se está difícil para viver “dignamente” como veremos o infinitamente mais e além?? Alguma coisa está errada e certamente não é a Palavra de Deus.

A igreja de Atos vai sempre nos confrontar e, graças a Deus, algumas vidas hoje nos confrontam também. Tento olhar para elas, pessoas que têm verdadeiramente trazido o Reino de Deus a Terra. Sim, pelos seus testemunhos eu aprendo que eles passam dificuldades – no mundo tereis aflições – mas estão avançado com o Reino e vencendo de maneira abundante, viva, transformadora.

Corações centrados estrita e extremamente na Palavra, que quando olham a questão que se lhes apresenta, podem pela sua humanidade até terem algum medo, mas enraizados em seus corações, existe uma essência de vida que nessa hora não se deixam perder o foco.

Não importa o corte de cabelo do Aaron nem a maldade de Regina Georgia. Assim como Cady Heron, a questão já está definida em seus corações e mentes:

Em Deus, O Limite não existe.

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